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sábado, 30 de julho de 2016

De Alcides Villaça, "Drummond sem paredes"

Numa das cartas a Mário de Andrade (mas qual, mesmo?) assegura-lhe o amigo Carlos que é com uma caneta na mão que vive suas maiores emoções. Comentando isso com um jovem aluno, entrevi sua discreta expressão de piedade por aquele poeta sitiado e infeliz, homem de gabinete, gauche mineiro que não se atirou à vida. Não tive como lhe dizer, naquele momento, que entre as tantas formas de se atirar à vida está a de se valer de uma caneta para perseguir e achar as falas humanas mais urgentes e precisas, essenciais para quem as diz, indispensáveis para quem as ouve, vivas para além de uma vida.

Referência:

VILLAÇA, Alcides. Drummond sem paredes. Facebook, página pessoal de Alcides Villaça, 30 jul. 2016. Disponível em: <https://goo.gl/wbsgtp>. Acesso em: 30 jul. 2016.