Todas as “Anotações, memórias e planos da resistência” de Luiz Costa Lima registrados por Schneider Carpeggiani, na atual edição do Suplemento Pernambuco (jan. 2017), são destacáveis – sobretudo, ao ilustrarem o seu combate político ao que denomina “conservadorismo analfabético nacional”, esse comportamento no qual se constata a ausência da “tradição do pensamento” ou, não obstante, a presença de um “pensamento redundante” (aquele que louva). E, entregam-nos, por assim dizer, ao desafio da harmonização entre “o tempo em que se deveria cumprir uma certa experiência e seu efetivo cumprimento”. Acreditam? Eis um aperitivo (na verdade, o meu – o segredo está em descobrir o próprio alimento e fazê-lo comida):
[...]. A poesia pede para não ser considerada por quem não a considera. Ela está a favor da sua própria recusa. Não recusar a poesia significa pensar muito sério. Pensar poesia é um ato de resistência muito forte, porque é um pensamento forte, tão intenso quanto teoria física. [...].
Referência:
CARPEGGIANI, Schneider. Anotações, memórias e planos da resistência [de Luiz Costa Lima]. Suplemento Pernambuco, Recife, n. 131, p. 8-13, jan. 2017. Disponível em: <http://www.suplementopernambuco.com.br/ima…/…/PE_131_web.pdf>. Acesso em: 31 jan. 2017.