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terça-feira, 31 de janeiro de 2017

A resistência de Luiz Costa Lima, para que tenhamos um eixo

Todas as “Anotações, memórias e planos da resistência” de Luiz Costa Lima registrados por Schneider Carpeggiani, na atual edição do Suplemento Pernambuco (jan. 2017), são destacáveis – sobretudo, ao ilustrarem o seu combate político ao que denomina “conservadorismo analfabético nacional”, esse comportamento no qual se constata a ausência da “tradição do pensamento” ou, não obstante, a presença de um “pensamento redundante” (aquele que louva). E, entregam-nos, por assim dizer, ao desafio da harmonização entre “o tempo em que se deveria cumprir uma certa experiência e seu efetivo cumprimento”. Acreditam? Eis um aperitivo (na verdade, o meu – o segredo está em descobrir o próprio alimento e fazê-lo comida):

[...]. A poesia pede para não ser considerada por quem não a considera. Ela está a favor da sua própria recusa. Não recusar a poesia significa pensar muito sério. Pensar poesia é um ato de resistência muito forte, porque é um pensamento forte, tão intenso quanto teoria física. [...].

Referência:

CARPEGGIANI, Schneider. Anotações, memórias e planos da resistência [de Luiz Costa Lima]. Suplemento Pernambuco, Recife, n. 131, p. 8-13, jan. 2017. Disponível em: <http://www.suplementopernambuco.com.br/ima…/…/PE_131_web.pdf>. Acesso em: 31 jan. 2017.

quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

Garimpar é preciso

Primeiro: Millôr me tem, com o seu humor epifânico, porque fincado em nossa matéria de perdição / salvação, assim como as diversas representações artísticas de São Jorge, uma das insígnias de minha família. Segundo: volta e meia, vejo-me preso ao garimpo de peças como esta nas edições que já remontam algum tempo de revistas e/ou jornais brasileiros de grande circulação, extintos ou não. Terceiro: de repente, senti a urgência de (re)aprender a enxergar.


A propósito da fonte: Revista Veja (edição de 25/12/1968, p. 5).

sexta-feira, 13 de janeiro de 2017

Assistindo à Bones (Temporada 10: Ep. 7) e lhe devendo uma cerveja – riso!

[...]
Bones: Imagino o que você [...] [deva estar sentindo].
Aubrey: Isso é problema meu. Não precisa...
Bones: Eu sei. [...] [Também experimentei algo semelhante]. Senti raiva por anos.
Aubrey: E como superou?
Bones: Não superei.
Aubrey: Esta não é uma conversa de consolo.
Bones: Não. A dor sempre vai existir. O desafio é não tentar fazê-la desaparecer.
Aubrey: Não é reconfortante.
Bones: Lutar é o problema. Lutamos para tentar mudar o passado ou esquecê-lo. Mas a dor faz parte de quem somos. É como a descoberta do quark. Foi uma reviravolta total nas teorias físicas. Houve fúria, houve briga, mas era verdade. E quando foi finalmente aceita, nos deu melhor compreensão da vida. Se a tivéssemos negado, não teria havido progresso.
Aubrey: Foi uma analogia muito inteligente.
Bones: Porque sou muito inteligente. Não é fácil, Aubrey, mas... Nada de valor é fácil.
Aubrey: Obrigado.
Bones: Eu deixei a carteira no trabalho. Talvez queira me pagar uma cerveja por agradecimento.
Aubrey: Eu gostaria muito.
Bones: Foi o que achei.
[...]